PERSEVERANÇA DOS SANTOS

Perseverança dos Santos

"Confiando nisto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo." (Filipenses 1.6). “Eles nunca perecerão.” - (João 10:28). “Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.”

(Filipenses 2:13).

Introdução.

A doutrina da Perseverança dos Santos não é autônoma, mas é um ponto necessário da TULIP. As doutrinas da Eleição Incondicional e Graça Eficaz implicam consequentemente à salvação daqueles que recebem essas bênçãos, pois, se Deus escolheu os homens de maneira absoluta e incondicional à vida eterna, e se Seu Espírito lhes aplica efetivamente os benefícios da redenção, então a conclusão inevitável é que essas pessoas serão salvas.

Definição.

Esta doutrina é declarada na Confissão de Fé de Westminster (XVII.1) com as seguintes palavras: I. Os que Deus aceitou em seu Bem-amado, os que ele chamou eficazmente e santificou pelo seu Espírito, não podem decair do estado da graça, nem total, nem finalmente; mas, com toda a certeza hão de perseverar nesse estado até o fim e serão eternamente salvos (Filipenses 1: 6; João 10: 28-29; I Pedro 1:5, 9.).

John Charles Ryle define essa doutrina da seguinte maneira:

A Bíblia ensina que os verdadeiros crentes, cristãos genuínos, devem perseverar em sua religião até o fim de suas vidas. Eles nunca perecerão. Eles nunca serão perdidos. Eles nunca serão jogados fora. Uma vez em Cristo, eles sempre estarão em Cristo. Uma vez feitos filhos de Deus por adoção e graça, eles nunca deixarão de ser Seus filhos e se tornarão filhos do diabo. Uma vez dotada da graça do Espírito, essa graça nunca será tirada deles. Uma vez perdoados, eles nunca serão privados de seu perdão. Uma vez unidos a Cristo pela fé viva, sua união nunca será interrompida. Uma vez chamados por Deus para o caminho estreito que leva à vida, eles nunca poderão cair no inferno.

Em uma palavra, todo homem, mulher, e a criança na terra que recebe graça salvadora, mais cedo ou mais tarde receberá a glória eterna. Toda alma que já foi justificada e lavada no sangue de Cristo, será por fim encontrada segura à direita de Cristo no dia do julgamento.

Isto não significa, portanto, que os cristãos não podem temporariamente caírem em pecado. Até o melhor dos homens recua temporariamente. Os piedosos podem agir fracamente em sua fé. Os atos vivos da graça podem ser suspensos em determinado momento. Em vez de a graça trabalhar nos piedosos, a corrupção pode funcionar; em vez da paciência, murmuração; ao invés de celestial, terreno.

"Deixaste o teu primeiro amor" (Ap 2:4). As virgens sábias dormiram (Mateus 25:5)"

O orgulho se manifestou nos discípulos, quando disputaram quem seria o maior! A luxúria se manifestou em Davi. Assim, a corrupção ainda pode afetar o regenerado;

eles podem (possibilidade, e não permissão) cair em enormes pecados. Mas eles nunca são completamente derrotados; Deus, pelo exercício de Sua graça em seus corações, infalivelmente impede até o santo "mais fraco" da apostasia final. Embora a graça deles possa ser reduzida, ainda assim não é seca; embora a graça possa ser diminuída, ela não é abolida; embora as virgens sábias dormissem, suas lâmpadas ainda não haviam se apagado. A graça, quando no mais baixo, reviverá e florescerá;

Os homens perseveram pela graça e poder de Deus.

Percebemos então que a perseverança é um dom de Deus; o homem não poderia ser mantido em Cristo por suas próprias forças. É por esta razão que muitos preferem chamar esta doutrina de "Preservação dos Santos". Deus é quem sustenta, contínua e completa a obra da graça que ele iniciou, Ele vigia e faz com que a obra da graça seja continuada e concluída. Ele não faz isso à parte dos crentes, mas através deles. O cristão é guardado pelo poder de Deus (I Pedro 1: 5).

Os cânones de Dort refletem maravilhosamente essa verdade:

Artigo 8: A Certeza Desta Preservação

Assim não é por seus próprios méritos ou força, mas pela imerecida misericórdia de Deus que eles não perdem totalmente a fé e a graça, nem permanecem em sua queda até o fim e se perdem. Se dependesse deles isto não só poderia facilmente acontecer, como indubitavelmente aconteceria.

Mas como depende de Deus não há possibilidade disto acontecer, uma vez que seu plano não pode ser alterado, sua promessa não pode falhar, a chamada de acordo com seu propósito não pode ser revogada, o mérito de Cristo assim como sua intercessão e preservação não podem ser anulados, e o selo do Espírito Santo não pode nem ser invalidado nem apagado. (Salmos 33:11; Hebreus 6:17; Romanos 8:30,34; Romanos 9:11; Lucas 22:32; Efésios 1:13).

Em harmonia, Russell Shedd citou: Se o esforço humano tivesse conseguido uma só vez produzir santidade, então Jesus Cristo teria morrido em vão…

A Confissão de Fé Batista Londres 1689 diz;

Capitulo 17; A perseverança dos Santos

1.Os que Deus aceitou no Amado, aqueles que foram chamados eficazmente e santificados por seu Espírito, e receberam a fé preciosa (que é dos seus eleitos), esses não podem decair totalmente nem definitivamente do estado de graça. Antes, hão de perseverar até o fim e ser eternamente salvos, tendo em vista que os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis, e Ele continuamente gera e nutre neles a fé, o arrependimento, o amor, a alegria, a esperança e todas as graças que conduzem à imortalidade. 1 Ainda que muitas tormentas e dilúvios se levantem e se dêem contra eles, jamais poderão desarraigá-los da pedra fundamental em que estão firmados, pela fé.

Não obstante, a visão perceptível da luz e do amor de Deus pode, para eles, cobrir-se de nuvens e ficar obscurecida, 2 por algum tempo, por causa da incredulidade e das tentações de Satanás. Mesmo assim, Deus continua sendo o mesmo, 3 e eles serão guardados pelo poder de Deus, com toda certeza, até a salvação final, quando entrarão no gozo da possessão que lhes foi comprada; pois eles estão gravadas nas palmas das mãos de seu Senhor, e os seus nomes estão escritos no Livro da Vida, desde toda eternidade.

1 Jo.10.28,29: Eu lhes dou a vida eterna, jamais perecerão, eternamente, e ninguém as arrebatará da minha mão.

Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do meu Pai ninguém pode arrebatar.

Fp.1.6: Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la, até o dia de Cristo Jesus.

2Tm.2.19: Entretanto o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem. E mais: Aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor.

1Jo.2.19: Eles saíram de nosso meio, entretanto não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos.

2 Sl.89.31,32: ... se violarem os meus preceitos, e não guardarem os meus mandamentos,

então punirei com vara as suas transgressões, e com açoites, a sua iniquidade.

1Co.11.32: Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.

3 Ml.3.6: Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.

2. Esta perseverança não depende de um livre-arbítrio da parte dos santos; mas, sim, decorre da imutabilidade do decreto da eleição, 4 fluindo do amor gratuito e inalterável de Deus Pai, sobre a eficácia do mérito e da intercessão de Jesus Cristo; da união com Ele; 5 do juramento de Deus; 6 da habitação de seu Espírito e da semente de Deus dentro neles; 7 da natureza do pacto da graça. 8 De tudo isso decorrem também a certeza e a infalibilidade da perseverança dos santos.

4 Rm8.30: E aos que predestinou, a esses também chamou, e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.

Rm.9.11,16: E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus quanto à eleição prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama), ...

Assim, pois, não depende de quem quer, ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.

5 Rm.5.9,10: Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.

Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida;

Jo.14.19: Ainda por um pouco e o mundo não me verá mais; vós, porém, me vereis; porque eu vivo, vós também vivereis.

6 Hb.6.17,18: Por isso Deus, quando quis mostrar mais firmemente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu propósito, se interpôs com juramento,

para que, mediante duas cousas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta;

7 1Jo.3.9: Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática do pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus.

8 Jr.32.40: Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim.

3. Levados pela tentação de Satanás e do mundo, pela prevalência da corrupção que ainda permanece dentro deles, ou pela negligência aos meios para a sua própria preservação, os santos podem incorrer em tristes pecados, e continuar em tais pecados, por algum tempo. 9

Desse modo, eles caem em desagrado perante Deus e entristecem o seu Santo Espírito; 10 vêm-se privados de bênçãos e confortos; 11 têm os seus corações endurecidos e ferida a consciência; 12 ofendem e escandalizam outras pessoas; e fazem vir sobre si mesmos os juízos de Deus, ainda neste mundo. 13

Não obstante, eles renovarão o seu arrependimento, e serão preservados através da fé em Cristo Jesus, até o fim.14

9 Mt.26.70,72,74: Ele, porém, o negou diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes.

E ele negou outra vez, com juramento: Não conheço tal homem.

Então começou ele a praguejar e a jurar: Não conheço esse homem! E imediatamente cantou o galo.

10 Is.64.5,9: Sais ao encontro daquele que com alegria pratica justiça. daqueles que se lembram de ti nos teus caminhos; eis que te iraste, porque pecamos; por muito tempo temos pecado, e havemos de ser salvos?

Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da nossa iniquidade; olha, pois, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo.

Ef.4.30: E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.

11 Sl.51.10,12: Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito inabalável.

Restitui-me a alegria da tua salvação, e sustenta-me com um espírito voluntário.

12 Sl.32.3,4: Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia.

Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim; o meu vigor se tornou em sequidão de estio.

13 2Sm.12.14: Mas, posto que com isto deste motivo a que blasfemassem os inimigos do Senhor, também o filho que te nasceu morrerá.

14 Lc.22.32,61,62: Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos.

Então, voltando-se o Senhor fixou os olhos em Pedro, e Pedro se lembrou da palavra do Senhor, como lhe dissera: Hoje três vezes me negarás, antes de cantar o galo.

Então Pedro, saindo dali, chorou amargamente.

Podemos perder a salvação?

Depende de quem te salvou. Se quem te salvou foi Jesus, então você não pode perdê-la, pois isto, Ele mesmo garante: "Os dou a vida eterna. Não perecerão. E ninguém os tira das minhas mãos" (João 10.28). Agora, se não foi Jesus que te salvou, mas foi outro "deus", então sim, você pode perder a salvação.

Armínio cria na Perseverança dos Santos

Para a surpresa de muitos, essa é uma crença aceita até mesmo por Jacó Armínio. Este, nunca negou esta doutrina, mas a afirmou em suas obras, Volume 1 (p 232 Publicado pela CPAD) da seguinte maneira:

"O meu sentimento a respeito da perseverança dos santos é de que as pessoas que foram enxertadas em Cristo, pela fé verdadeira, e, assim, têm-se tornado participantes de seu precioso Espírito vivificador, dispõem de poderes suficientes ou forças para lutar contra Satanás, contra o pecado, contra o mundo e contra a sua própria carne, para obter a vitória sobre esses inimigos, mas não sem a ajuda da graça do mesmo Espírito Santo. Jesus Cristo, também pelo Seu Espírito Santo, as auxilia em todas as suas tentações que enfrentam e lhes proporciona o pronto socorro de Sua mão. Também entendo que Cristo as guarda, não as deixando cair da graça, desde que tenham-se preparado para a batalha, implorando a Sua ajuda, e não querendo vencer apenas por suas próprias forças. De modo que não é possível para os eleitos, por qualquer astúcia ou poder, serem seduzidos ou arrancados das mãos de Cristo."

Subjeções

1) Advertências e Punições

Se o cristão genuíno não perde a salvação, por que a bíblia em vários momentos trás advertências para permanecer no Caminho?

Deus adverte os crentes a perseverarem até o fim (Mateus 24:13; Romanos 2: 7–8); permanecer em Cristo, em Sua Palavra, em Seu amor (João 15: 1-10; 1 João 2: 6, 24, 27; 3: 6, 24; 4: 12,13.); continuar na fé, sem mudar (Colosses 1:23; Hebreus 2: 1; 3:14; 6:11); ser fiel até a morte (Apocalipse 2:10, 26).

Às vezes, fala como se a apostasia fosse uma possibilidade: "Se você pensa que está em pé, cuidado para não cair" (1 Coríntios 10:12); adverte contra a arrogância e ameaça punição pesada por infidelidade (Ezequiel 18:24; Mateus 13: 20–21; João 15: 2; Romanos 11:20, 22; 2 Timóteo 2:12; Hebreus 4: 1 ; 6: 4-8; 10: 26–31; 2 Pedro 2: 18–22).

Eu gosto muito da resposta de Herman Bavinck sobre essa questão, ele diz no Volume 4 de sua Dogmática:

"Todas as advertências e ameaças mencionadas nas Escrituras dirigidas aos crentes, não prova nada contra a doutrina da perseverança. São antes a maneira pela qual o próprio Deus confirma sua promessa e dom através dos crentes. São os meios pelos quais a perseverança na vida do crente é realizada. Afinal, a perseverança não é coercitiva, mas, como um presente de Deus, impacta os seres humanos de maneira espiritual. É precisamente a vontade de Deus, por admoestação e advertência, levar moralmente os crentes à bênção celestial pela graça do Espírito Santo, para levá-los a perseverar na fé e no amor. Portanto, é completamente errado raciocinar desde as advertências da Sagrada Escritura até a possibilidade de uma perda total da graça. Essa conclusão é tão ilegítima quanto quando, no caso de Cristo, as pessoas inferem de sua tentação e luta que ele foi capaz de pecar. A certeza do resultado não torna os meios supérfluos, mas está inseparavelmente conectado a eles no decreto de Deus. Paulo sabia com certeza que, no caso de naufrágio, ninguém perderia a vida, mas declara: “A menos que esses homens permaneçam no navio, você não pode ser salvo” (Atos 27:22,31)."

2) Já que estou salvo mesmo, viverei em pecado.

"Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde?

De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?" (Romanos 6:1-2)

Este texto já seria suficiente para responder a questão. Aqueles que estão agora debaixo da graça não podem estar simultaneamente pecando deliberadamente. Um das evidências principais de que fomos realmente alcançados é nosso ódio pelo pecado, e amor pela contínua santificação. Portanto, se pensamos em uma vida de pecado para que a graça seja mais abundante, não fomos salvos verdadeiramente. Sobre isso, Thomas Watson irá dizer:

"O Espírito de Deus está continuamente trabalhando no coração de um crente, para levar a graça à perfeição. Ele cai em óleo fresco, para manter a lâmpada da graça acesa. O Espírito excita, fortalece, aumenta a graça e faz um cristão ir de um passo de fé para outro, até que ele chegue ao fim de sua fé, que é a salvação (1 Pedro 1: 9). É uma bela expressão do apóstolo, "o Espírito Santo que habita em nós" (2 Tim 1:14). Quem mora em uma casa mantém a casa em conserto; então o Espírito que habita no crente mantém a graça em reparação. A graça é comparada a um rio da água da vida (João 7:38). Este rio nunca pode ser seco, porque o Espírito de Deus é a fonte que o alimenta continuamente. "

3) Textos bíblicos difíceis sobre apostasia

Separemos um PDF extra nesta aula, de John Calvin, Matthew Poole, e Moisés Bezerril, explicando o texto de Hebreus 6:4-6. Com certeza irão existir textos que irão te causar dúvidas sobre esta doutrina, e não podemos ignorá-los. Precisamos compreendê-los. Porém não vamos conseguir tratar muito neste áudio por causa do tempo (essa doutrina é muito mais ampla do que isso que estou apresentando), e nem neste documento. Por isso, você poderá acessar ao outro PDF em nosso canal de Estudos.

4) Pessoas que estiveram conosco, mas abandonaram a fé.

No Brasil é raro alguém que diz não ser cristão, porém, uma profissão de fé externa não é sempre uma prova de que uma pessoa é um verdadeiro cristão. Uma pessoa pode viver uma vida aparentemente de piedade e santidade hoje, e amanhã blasfemar contra o Espírito Santo. Uma pessoa pode estar na igreja, "aceitar a Jesus", participar de atividades, pregar, fazer milagres em nome de Jesus, mas isso não significa que essa pessoa nasceu de novo e recebeu a fé salvadora. Logo, podemos ser enganados pela aparência; este joio nunca foi trigo. Saberemos se alguém realmente foi alcançado apenas com o tempo. Então entenderemos o que João em sua primeira Epístola no capítulo 2:19 disse: "Eles saíram do nosso meio, mas na realidade não eram dos nossos, pois se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; o fato de terem nos abandonado revela que nenhum deles era realmente dos nossos".

E 2 Pedro 2:22: "Confirma-se neles que é verdadeiro o provérbio: "O cão voltou ao seu vômito" e ainda: "A porca lavada voltou a revolver-se na lama". Como disse Spurgeon: As ovelhas podem cair na lama, mas só os porcos rolam nela".

Conclusão:

Uma vez adotados, filhos para sempre. O filho pródigo nunca deixou de ter o sangue do Pai nas veias, e ele mesmo tinha esta consciência de que ainda tinha um Pai. Deus não permitirá que sejamos novamente filhos da ira e do diabo. Deus tanto afirmou isto como prometeu. "Sua semente permanece nele" (1 João 3: 9). “A unção que dele recebestes permanece em vós” (1 João 2:27). “Darei a eles a vida eterna, e eles nunca perecerão” (João 10:28). “Farei um pacto eterno com eles, para que não me afaste deles, para lhes fazer o bem, mas porei em seus corações o medo de que eles não se apartem de mim” (Jr 32:40).

Deus ama tanto o seu povo, que Ele não os abandonará; e eles o temerão, para que não o abandonem. Se um crente não perseverar, Deus quebraria Sua promessa. “Eu te comprometerei para sempre, em justiça e benignidade” (Oséias 2:19). A Perseverança/Preservação dos Santos é uma doutrina bíblica, e um bálsamo para a insegurança do cristão em sua luta diária contra o pecado.

Podemos, em Cristo, ter a certeza da salvação. Como uma âncora firme para nossa alma, como diz hebreus 6:19. Certamente, todos que foram chamados eficazmente por Deus, também será glorificado naquele Dia (Romanos 8:30).

“O cristão é como um homem subindo a colina, que ocasionalmente recua, mas sempre com o rosto voltado para o cume. O homem não regenerado está com o rosto virado para baixo e está escorregando todo o caminho ”- Augustus Hopkins Strong.

"O crente em Cristo, como um homem a bordo do navio, pode cair de novo e de novo no convés, mas nunca cairá no mar." CH Spurgeon.

Referências:

Confissões de Fé de Batista Londres 1689

Os Cânones de Dort

Herman Bavinck, Dogmática Reformada, Volume 4

Perseverance - J. C. Ryle e Thomas Watson

The Perseverance of the Saints -

Loraine Boettner

ESTUDO EQUIPE O PURITANO CONSERVADOR, COM ALTERAÇÕES DA IBR.

A Queda dos Iluminados - Hebreus 6.pdf

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