CONFISSÃO E A IGREJA
- Igreja Batista Reformada
- 1 de jul. de 2022
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CONFISSÃO E A IGREJA
…basta-lhe a punição pela maioria.
—2 CORÍNTIOS 2:6
Nosso Salvador fala de outro tipo de confissão no evangelho de Mateus.
“Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta” (5:23,24). O amor, portanto, que fora suspenso por falha nossa, deve ser restaurado por meio do reconhecimento dessa falha e do pedido de perdão por tê-la cometido.
Sob essa vertente inclui-se a confissão daqueles que por seu pecado ofenderam toda a Igreja. Pois, se Cristo atribui tanta importância à ofensa de um indivíduo a ponto de proibir o sacrifício de todos que pecaram em qualquer aspecto contra seus irmãos, até que pela compensação devida tenham recobrado seu favor, não haverá razão ainda maior para aquele que, por algum exemplo pernicioso, tenha ofendido a Igreja reconcilie-se com ela pelo reconhecimento de sua falha? Assim o membro da igreja de Corinto foi restaurado à comunhão após submeter-se humildemente à correção (2 CORÍNTIOS 2:6). Essa forma de confissão existia na Igreja Cristã Primitiva como Cipriano relata: “Eles praticam o arrependimento por um período especí?co e então confessam; e, pela imposição das mãos do bispo e do presbítero, são admitidos na comunhão” .
As Escrituras desconhecem qualquer outra forma ou método de confissão e não compete a nós atarmos novas correntes nas consciências cuja escravização Cristo tão severamente proíbe. Entretanto, o rebanho apresentar-se diante do pastor sempre que participa da Santa Ceia é algo de cuja desaprovação estou tão distante que, na verdade, sinto-me um tanto desejoso de que seja observado em toda parte. Pois tanto aqueles cuja consciência está impedida podem obter benefício singular, quanto aqueles que requerem admoestação dispõem assim de uma oportunidade, desde que jamais seja concedida aprovação à tirania e à superstição.
João Calvino
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